domingo, novembro 18, 2007
sexta-feira, novembro 16, 2007
sexta-feira, outubro 19, 2007
Making-off do video "Cavaleiro Andante"*
*parte integrante do espectáculo "Work in Progress, a partir de Mário Cesariny ou O Cavaleiro Andante" cujo desenvolvimento está a ser desenvolvido... está a fazer um ano, mais coisa menos coisa (podia ir ver as datas, mas não me aptece)
Nota: as imagens que deviam estar viradas e não estão não aparecem assim por mera opção estética por uma pensada preguiça.
terça-feira, agosto 28, 2007
Há que dizê-lo
Há que fazê-lo.
Há que senti-lo.
Há que fazer sentir.
Dizer? Sim. Mas não necessariamente com palavras.
Há que senti-lo.
Há que fazer sentir.
Dizer? Sim. Mas não necessariamente com palavras.
quarta-feira, julho 25, 2007
Afinal quem somos?
Muita gente nos pergunta, e mesmo nós nos perguntamos muitas vezes, afinal, o que é o há-que-dizê-lo? Qual é a nossa
estética? Existe algum tipo de linguagem predominante? tipo de humor?
Bom, nós não sabemos muito bem. Desconfiamos de algumas coisas, e estamos sempre a descobrirmo-nos enquanto criadores.
Mas cá entre nós, parece-me que este vídeo possa esclarecer um pouco esta questão.
A verdade, é que qualquer um dos membros do há.que.dizê.lo, compreende, MAS É QUE COMPREENDE TANTO, este apresentador.
Depois deste sucedido, ele foi despedido e, consequentemente, o programa foi suspenso. Se um de nós estivesse na pele deste pobre homem, teria se passado tudo da mesma maneira. Pior! Se, por acaso, este programa fosse, por acaso, apresentado, por exemplo, por 2 pessoas, ou mesmo 3 ou 4, mais do que despedidos seríamos, concerteza, linchados à porta do estúdio.
Agora imaginem se, em vez de apresentadores, estivéssemos sentados na plateia. Sei lá, se lá estivessem sentados, por exemplo, o Tiago e a Lydie?
É mais ou menos por aqui.
estética? Existe algum tipo de linguagem predominante? tipo de humor?
Bom, nós não sabemos muito bem. Desconfiamos de algumas coisas, e estamos sempre a descobrirmo-nos enquanto criadores.
Mas cá entre nós, parece-me que este vídeo possa esclarecer um pouco esta questão.
A verdade, é que qualquer um dos membros do há.que.dizê.lo, compreende, MAS É QUE COMPREENDE TANTO, este apresentador.
Depois deste sucedido, ele foi despedido e, consequentemente, o programa foi suspenso. Se um de nós estivesse na pele deste pobre homem, teria se passado tudo da mesma maneira. Pior! Se, por acaso, este programa fosse, por acaso, apresentado, por exemplo, por 2 pessoas, ou mesmo 3 ou 4, mais do que despedidos seríamos, concerteza, linchados à porta do estúdio.
Agora imaginem se, em vez de apresentadores, estivéssemos sentados na plateia. Sei lá, se lá estivessem sentados, por exemplo, o Tiago e a Lydie?
É mais ou menos por aqui.
terça-feira, junho 05, 2007
sexta-feira, maio 04, 2007
Pensamento que surgiu numa conversa entre mim e o Tiago, enquanto sentados na paragem do 55, por volta da meia noite
Mais vale sair do que fazer gases.
terça-feira, abril 24, 2007
Elogio de amor
"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas. Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra.O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente.O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
Miguel Esteves Cardoso in Expresso
segunda-feira, abril 16, 2007
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