Desde pequenos que nós acumulamos. Desde pequenos que procuramos formas de perpetuar momentos, não conseguimos desfazer-nos de objectos, minúsculas coisas, pormenores das nossas biografias, lixo, coisas inúteis para outros, coisas às quais continuamos a reconhecer uma funcionalidade, nem que seja apenas a sua impossibilidade de não-significação. Na verdade, temos alguma dificuldade em perder estas coisas, em lidar com o fim, com a ausência. Temos medo de cortar com memórias. E um dia começámos a acumular as memórias dos outros, a arrastá-las, a amontoá-las.
um criação Há.Que.Dizê.Lo
com Catarina dos Santos, Lydie Bárbara, Patrícia Couveiro e Rodolfo Teixeira
agradecimentos Frederico Parreira, Rui Catalão, Sofia Abreu, Miguel Raposo e Tiago Vieira