quarta-feira, julho 30, 2008

Para jogar ao pião é preciso um cordeli

Estava eu no outro dia à espera do metro no Jardim Zoológico, quando comprovei a existência de um grupo de pessoas que, há já algum tempo, desconfiava que existissem. Eles são uma espécie de Templários, um género de Maçonaria da Língua Portuguesa, disfarçados de senhores de meia idade com a camisa aberta nos três primeiros botões, ou senhoras que vestem camisolas que mais parecem naperons e que, para ficarem modernas, levam na mão malas feitas de embalagens de café Delta.
Eles têm em sua posse o verdadeiro código da nossa língua. Agora percebo porque se criou o novo acordo ortográfico. Foram eles que o criaram. No fundo, é apenas mais areia para os nossos olhos, para que só eles continuem a saber falar bem o português. Gente da minha terra, andamos todos enganados. Mas eu, no outro dia, descodifiquei um dos códigos.
Em bom português, as palavras acabadas em "L", na verdade, acabam em "i". Como no caso da palavra "papel".

Dá-me uma boa razão para estar aqui










Vale a pena continuar?

sexta-feira, junho 06, 2008

a pós-produção


isto é a Catarina a partilhar o porta-bagagens com cadeiras, candeeiros, malas, livros e um cobertor.



isto é a Catarina a arrumar melhor a sala onde descansa o espólio do Há.Que.Dizê.Lo.



Será que mais alguém neste grupo trabalha, ou é só ela?

segunda-feira, junho 02, 2008

Alguém lê poesia na esquina

Ontem, no início da última sessão do espectáculo "Rir Tendo Consciência da Tragédia", fui como em todos os espectáculos ler poemas de Mário Cesariny às prostitutas da Rua Nova do Carvalho. Não houve, ao longo dos seis espectáculos, nem uma que ficasse indiferente ao que lhes lia. Quando as abordava, explicando que estava a fazer um espectáculo a partir de Cesariny, e lhes pedia para escutarem um poema, todas foram acessíveis e disseram logo que sim. E ouviram com uma atenção que nunca percebi em ninguém. Olhavam-me nos olhos e reagiam a cada verso, a cada ironia e a cada conjunto bonito de palavras com os olhos a brilhar. 

Ontem, li um poema do livro Pena Capital que começa assim "O amor que é só o amor é já o inferno" (infelizmente não vou poder transcrever mais do poema por motivos que vão descobrir se lerem o post até ao fim). Li-o a uma rapariga que já noutra noite me tinha escutado e cujos olhos, ao inicio apagados, brilharam mais que tudo naquele momento. Ela disse "que bonito". E eu ofereci-lhe o livro. 

Isto sim, é uma coisa muito bonita.

Nós somos uma vergonha

Temos um blog e não o aproveitamos. Fizemos um espectáculo e mal o referimos por aqui. Ora, mais vale tarde do que nunca. Aqui vai o cartaz e uma imagem. Depois virão mais.

quarta-feira, abril 23, 2008

Da "mess" quase versus missa

A verdadeira questão não é se é ou não uma mess. É claro que é. O que interessa saber é se o público tem verdadeiramente medo dessa mess e porquê? É assim tão necessário atribuir culpas autorais para organizar o mundo na cabecinha do espectador? E por ser uma amálgama feita para ser "dita" por quem a diz não sairá a mensagem com mais força e mais verdade?

Por outro lado, não confundamos orgia criativa com displicência. Espero.

sexta-feira, outubro 19, 2007

Making-off do video "Cavaleiro Andante"*








*parte integrante do espectáculo "Work in Progress, a partir de Mário Cesariny ou O Cavaleiro Andante" cujo desenvolvimento está a ser desenvolvido... está a fazer um ano, mais coisa menos coisa (podia ir ver as datas, mas não me aptece)

Nota: as imagens que deviam estar viradas e não estão não aparecem assim por mera opção estética por uma pensada preguiça.

Japanese Human Art

Há que dizê-lo que isto é muito bom!

terça-feira, agosto 28, 2007

Há que dizê-lo

Há que fazê-lo.

Há que senti-lo.

Há que fazer sentir.

Dizer? Sim. Mas não necessariamente com palavras.