sábado, janeiro 10, 2009

A vida dos outros parece ficção 1

"23 de Maio de 1936

Tudo acabou! O Carlos casou hoje.
Já não tenho o direito de escrever os meus sentimentos a respeito dêle. Mas antes de fechar, para sempre este livro, onde assentei as minhas maiores alegrias e os meus maiores sofrimentos, quero analisar o que presentemente sinto pelo Carlos.
Sofri hoje ao saber que êle se ligava a outra. Mas não foi o coração que sofreu, foi o orgulho. Já lhe não tenho amor. Parece-me, o que tenho, com certeza é muito pouca sorte."

M.J.

quinta-feira, janeiro 08, 2009

o que dizemos pelo messenger

i'm the son of Rambow! says: (4:27:05 PM)
nao me aptece trabalhaaaaaar

i'm the son of Rambow! says: (4:27:08 PM)
olha tens seguro de saude?

Lydie - com a ajuda de uma tesoura de cozinha limpe muito bem os rins says: (4:27:10 PM)
tou a ver

Lydie - com a ajuda de uma tesoura de cozinha limpe muito bem os rins says: (4:27:21 PM)
eu tenho dir cavar o buraco no meu quintal pa

Lydie - com a ajuda de uma tesoura de cozinha limpe muito bem os rins says: (4:27:28 PM)
enterrar a cadela do  meu avo

i'm the son of Rambow! says: (4:27:28 PM)
pra enterrar quem? :S

Lydie - com a ajuda de uma tesoura de cozinha limpe muito bem os rins says: (4:27:30 PM)
merquita

Lydie - com a ajuda de uma tesoura de cozinha limpe muito bem os rins says: (4:27:34 PM)
ja venho

i'm the son of Rambow! says: (4:27:37 PM)
mas morreu qdo?

Lydie - com a ajuda de uma tesoura de cozinha limpe muito bem os rins says: (4:27:41 PM)
ela ta na mala do carro

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Obrigado ao Skip, e obrigado as vizinhas por avisarem da chuva.*



*ou como de repente parte do património do há.que.dizê.lo ficou limpinho e a cheirar bem. Quando antes eram baratas, era pó, era naftalina.

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Isto faz-me lembrar o Tiago, ou talvez seja o Teatro.



Fitter, Happier - Radiohead.

Vamos ao Teatro, amiguinhos!


As palavras que se vão seguir não foram extraídas de um poema: deveriam tender para ele. Seriam uma tentativa, ainda muito longínqua, de aproximação, se por acaso não fossem um rascunho entre muitos de um texto que será caminhada lenta, comedida, em direcção ao poema que justificará tanto este texto como ele me justificará a vida.
Jean Genet

Estes textos de Jean Genet são fragmentos de um discurso incompleto e sem qualquer tipo de estrutura narrativa. São fragmentos dispersos que nos colocam perante a presença da palavra evocativa de um universo iconográfico deste autor. Para nós, este universo remete para a ideia de retratos e auto retratos. Através destes textos procuramos trabalhar a separação em dois planos entre a palavra dita e ouvida pelo espectador e a imagem ou acção criada em cena. Fazendo depois convergir estes dois planos para a mesma unidade espaço/tempo onde quem vê e ouve, compõe individualmente analogias entre as palavras de Genet e as acções cénicas criadas.

Um projecto de Francisco Salgado a partir do universo de Jean Genet

Criação John Romão, Leonor Cabral, Manuel Henriques, Marco Franco, Sofia Dinger, Francisco Salgado, Inês Vaz, Wagner Borges, Cristina Alfaiate
Produção Nuno Ricou Salgado e Rita Cabral Faustino
Assistência de produção Emília Ferreira
Organização Procur.arte

Apoios: Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes, Instituto Franco-Português, Escola Superior de Teatro e Cinema Chapitô

3 a 14 Dezembro
Instituto Franco-Português

Vamos ao Teatro, amiguinhos!



Júlia é um espectáculo idealizado por dois recém-licenciados pela Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC), Vânia Rodrigues e João Abel, a partir de Menina Júlia de August Strindberg.

Um espectáculo-simulacro que serve o estudo do conflito intrínseco nas relações humanas, os jogos de egos incorporados na realidade que nos envolve, a (im)possibilidade de destruir barreiras teóricas que sustentam a base de um "estado" do qual derivam acções exclusivamente mentais, imateriais, são o objecto de trabalho na concepção deste espectáculo.
Júlia traduz-se na exploração e aplicabilidade de um teatro para além da acção puramente dramática, mas ainda assim partindo da estrutura dramática. A capacidade de transpor a poesia de Strindberg em acção teatral será a nossa quimera.


Encenação João Abel
Interpretação João Abel. Maria Vasconcelos. Vânia Rodrigues.
Produção Executiva Catarina dos Santos
Montagem vídeo Pedro Joel
Design PK


Apoios: Comuna-Teatro de Pesquisa. In Impetus. João Garcia Miguel. Teatro Praga. Útero Teatro. Há.que.dizê.lo

Bilhete:
7,50€ preço normal
5€ com desconto

P.S.: mais uma mega produção (aqui o termo mega é utilizado como indicador qualitativo das qualidades da pessoa que exerce a função que lhe segue) da nossa Catarina

terça-feira, dezembro 02, 2008

Algumas particularidades...


(foto roubada daqui)

Ontem, na Praça de Touros Campo Pequeno, 18º Congresso do PCP. Milhares de pessoas de punho ao alto e movimentos sincronizados gritavam viva, a luta continua e assim se vê a força do PC.

Não querendo ser político, e menos ainda irónico ou sarcástico, mas com uma enorme curiosidade e vontade de aprender, pergunto:

 a luta? continua? que luta? continua desde quando? desde onde?

sexta-feira, novembro 28, 2008

quarta-feira, julho 30, 2008

Para jogar ao pião é preciso um cordeli

Estava eu no outro dia à espera do metro no Jardim Zoológico, quando comprovei a existência de um grupo de pessoas que, há já algum tempo, desconfiava que existissem. Eles são uma espécie de Templários, um género de Maçonaria da Língua Portuguesa, disfarçados de senhores de meia idade com a camisa aberta nos três primeiros botões, ou senhoras que vestem camisolas que mais parecem naperons e que, para ficarem modernas, levam na mão malas feitas de embalagens de café Delta.
Eles têm em sua posse o verdadeiro código da nossa língua. Agora percebo porque se criou o novo acordo ortográfico. Foram eles que o criaram. No fundo, é apenas mais areia para os nossos olhos, para que só eles continuem a saber falar bem o português. Gente da minha terra, andamos todos enganados. Mas eu, no outro dia, descodifiquei um dos códigos.
Em bom português, as palavras acabadas em "L", na verdade, acabam em "i". Como no caso da palavra "papel".

Dá-me uma boa razão para estar aqui










Vale a pena continuar?