* excerto de O Cerejal ou O Ginjal ou O Pomar das Cerejeiras ou A Ginginha de Anton Tchékhov, tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra
segunda-feira, julho 13, 2009
o Há-Que-Dizê-Lo na História e nas estórias do Teatro
LOPÁKHIN - Lá isso é verdade. Há que dizê-lo de caras, nós levamos uma vida estúpida.*
quinta-feira, julho 09, 2009
segunda-feira, junho 29, 2009
quarta-feira, junho 24, 2009
domingo, junho 21, 2009
quinta-feira, junho 18, 2009
sexta-feira, junho 12, 2009
No principio era o verbo... VENDER
Foi assim que começámos a juntar dinheiro para os nossos espectáculos e afins, já lá vão 4 anos. De geleira na mão, primeiro, e depois junto ao Santiago Alquimista, por dois anos.
E agora em Alfama, very tipical Alfama!
Hoje a cerveja máis fezquinha e a noiva mái bonita do Santo António estão como Há-Que-Dizê-Lo, na Rua de São João da Praça (a que começa à direita da Sé, nós estamos mais lá para o fundo).

quarta-feira, maio 13, 2009
quinta-feira, abril 30, 2009
A arte na vida. A vida na arte. O trabalho da vida. A vida dá trabalho. O trabalho de fazer Arte. A Arte do trabalho.
Amesterdão
Wieden Kenedy
Kessels Kramer
Londres
BBH
AMVBBDO
Mother
Tentar fazer música com os copos
Comecei a arrumar as coisas na sala
Parto
Mostrar a toda a gente o herdeiro da Escócia
Hotel Aladin - 86 euros
Apanhei o nº32 até ao Hospital Santa Maria
Fui ao local onde enterrei o corpo
Rádios Kitados amanhã às 17h
Depois da acta: ir ao Registo Nacional de Pessoas Colectivas
Santos Populares: copos, barril...
Músicas para a Angela:
Avril Lavigne - Girl Friend
WWE - Kane, Undertaker...
Bruno Nogueira - Dia 23 de Junho - 7 bilhetes
Crepes: 2 ovos; 1 litro de leite; 500 g de farinha; 1 pitada de sal. mexer na batedeira
Ensaios para animações: 4 -quarta; 5; 6; 7 -sábado às 17h
Respostas:
sim;
não;
talvez;
claro;
achas?
tens a certeza?
não
Sim
Claro
Achas?
Armazéns desde 51, 50 euros por mês, a partir de 4,5 metros quadrados. junto à porta sul do Parque das Nações.
sexta-feira, abril 24, 2009
Para ver como quem olha Lisboa do outro lado.

Espectáculo do 2aCircular
Encenação de Tiago Vieira
23, 24 e 25 de Abril
às 21h30
no Ginjal (Cacilhas)
resto de "paisagens incompletas"
O actor acende a boca. Depois os cabelos.
Finge as suas caras nas poças interiores.
O actor pôe e tira a cabeça
de búfalo.
De veado.
De rinoceronte.
Põe flores nos cornos.
Ninguém ama tão desalmadamente
como o actor.
O actor acende os pés e as mãos.
Fala devagar.
Parece que se difunde aos bocados.
Bocado estrela.
Bocado janela para fora.
Outro bocado gruta para dentro.
O actor toma as coisas para deitar fogo
ao pequeno talento humano.
O actor estala como sal queimado.
O que rutila, o que arde destacadamente
na noite, é o actor, com
uma voz pura monotonamente batida
pela solidão universal.
O espantoso actor que tira e coloca
e retira
o adjectivo da coisa, a subtileza
da forma,
e precipita a verdade.
De um lado extrai a maçã com sua
divagação de maçã.
Fabrica peixes mergulhados na própria
labareda de peixes.
Porque o actor está como a maçã.
O actor é um peixe.
Sorri assim o actor contra a face de Deus.
Ornamenta Deus com simplicidades silvestres.
O actor que subtrai Deus de Deus,
e dá velocidade aos lugares aéreos.
Porque o actor é uma astronave que atravessa
a distância de Deus.
Embrulha. Desvela.
O actor diz uma palavra inaudível.
Reduz a humidade e o calor da terra
à confusão dessa palavra.
Recita o livro. Amplifica o livro.
O actor acende o livro.
Levita pelos campos como a dura água do dia.
O actor é tremendo.
Ninguém ama tão rebarbativamente como o actor.
Como a unidade do actor.
O actor é um advérbio que ramificou
de um substantivo.
E o substantivo retorna e gira,
e o actor é um adjectivo.
É um nome que provém ultimamente
do Nome.
Nome que se murmura em si, e agita,
e enlouquece.
O actor é o grande Nome cheio de holofotes.
O nome que cega.
Que sangra.
Que é o sangue.
Assim o actor levanta o corpo,
enche o corpo com melodia.
Corpo que treme de melodia.
Ninguém ama tão corporalmente como o actor.
Como o corpo do actor.
Porque o talento é transformação.
O actor transforma a própria acção
da transformação.
Solidifica-se. Gaseifica-se. Complica-se.
O actor cresce no seu acto.
Faz crescer o acto.
O actor actifica-se.
É enorme o actor com sua ossada de base,
com suas tantas janelas,
as ruas -
o actor com a emotiva publicidade.
Ninguém ama tão publicamente como o actor.
Como o secreto actor.
Em estado de graça. Em compacto
estado de pureza.
O actor ama em acção de estrela.
Acção de mímica.
O actor é um tenebroso recolhimento
de onde brota a pantomina.
O actor vê aparecer a manhã sobre a cama.
Vê a cobra entre as pernas.
O actor vê fulminantemente
como é puro.
Ninguém ama o teatro essencial como o actor.
Como a essência do amor do actor.
O teatro geral.
O actor em estado geral de graça.
helberto hélder
Finge as suas caras nas poças interiores.
O actor pôe e tira a cabeça
de búfalo.
De veado.
De rinoceronte.
Põe flores nos cornos.
Ninguém ama tão desalmadamente
como o actor.
O actor acende os pés e as mãos.
Fala devagar.
Parece que se difunde aos bocados.
Bocado estrela.
Bocado janela para fora.
Outro bocado gruta para dentro.
O actor toma as coisas para deitar fogo
ao pequeno talento humano.
O actor estala como sal queimado.
O que rutila, o que arde destacadamente
na noite, é o actor, com
uma voz pura monotonamente batida
pela solidão universal.
O espantoso actor que tira e coloca
e retira
o adjectivo da coisa, a subtileza
da forma,
e precipita a verdade.
De um lado extrai a maçã com sua
divagação de maçã.
Fabrica peixes mergulhados na própria
labareda de peixes.
Porque o actor está como a maçã.
O actor é um peixe.
Sorri assim o actor contra a face de Deus.
Ornamenta Deus com simplicidades silvestres.
O actor que subtrai Deus de Deus,
e dá velocidade aos lugares aéreos.
Porque o actor é uma astronave que atravessa
a distância de Deus.
Embrulha. Desvela.
O actor diz uma palavra inaudível.
Reduz a humidade e o calor da terra
à confusão dessa palavra.
Recita o livro. Amplifica o livro.
O actor acende o livro.
Levita pelos campos como a dura água do dia.
O actor é tremendo.
Ninguém ama tão rebarbativamente como o actor.
Como a unidade do actor.
O actor é um advérbio que ramificou
de um substantivo.
E o substantivo retorna e gira,
e o actor é um adjectivo.
É um nome que provém ultimamente
do Nome.
Nome que se murmura em si, e agita,
e enlouquece.
O actor é o grande Nome cheio de holofotes.
O nome que cega.
Que sangra.
Que é o sangue.
Assim o actor levanta o corpo,
enche o corpo com melodia.
Corpo que treme de melodia.
Ninguém ama tão corporalmente como o actor.
Como o corpo do actor.
Porque o talento é transformação.
O actor transforma a própria acção
da transformação.
Solidifica-se. Gaseifica-se. Complica-se.
O actor cresce no seu acto.
Faz crescer o acto.
O actor actifica-se.
É enorme o actor com sua ossada de base,
com suas tantas janelas,
as ruas -
o actor com a emotiva publicidade.
Ninguém ama tão publicamente como o actor.
Como o secreto actor.
Em estado de graça. Em compacto
estado de pureza.
O actor ama em acção de estrela.
Acção de mímica.
O actor é um tenebroso recolhimento
de onde brota a pantomina.
O actor vê aparecer a manhã sobre a cama.
Vê a cobra entre as pernas.
O actor vê fulminantemente
como é puro.
Ninguém ama o teatro essencial como o actor.
Como a essência do amor do actor.
O teatro geral.
O actor em estado geral de graça.
helberto hélder
sexta-feira, abril 17, 2009
PARA QUEM ESTIVER NO PORTO. OU VAI IMEDIATAMENTE APANHAR O COMBOIO. OU O EXPRESSO. OU O AVIÃO. OU O CARRO. OU VAI À BOLEIA. OU A PÉ. A PÉ NÃO DÁ.
terça-feira, abril 07, 2009
ALTERMODERNIDADE
E porque a Sónia há uns tempos tentou tranformar este blog numa plataforma de discussão (aberta ou semi-aberta, nunca pensámos nisso) sobre a arte em geral e sobre tudo o que nos interessar em particular, e porque essa nobre tentativa não vingou, eu volto hoje a lançá-la. E começo com um artigo do Ipsilon de há umas duas ou três semanas (confesso que li na sala de espera do dentista):
O pós-modernismo morreu, viva a altermodernidade
(Clicar para ler o artigo)
"Na trienal da Tate, em Londres, um francês abriu nova etapa na discussão sobre a identidade da cultura e dos artistas de hoje. Modernos ou pós-modernos, quem somos? Nem uns nem outros, antes seres de uma nova era em que se age e cria a partir de uma visão positiva de caos e complexidade. A altermodernidade, segundo Nicolas Bourriaud."
<< O "flâneur", aquele que percorre a cidade, deixando-se perder na sua observação. Isto era no século XIX, hoje as cidades não chegam - o "flâneur" de uma altermodernidade corresponderá a um nómada global, ou, em rigor, a um errante cultural, aquele que procura o inverso do enraizamento absoluto, ou seja, aquele que põe as suas raízes em movimento, encenando-as em contextos e formatos heterogéneos, negando-lhes qualquer valor como origem, traduzindo ideias, transcodificando imagens, transplantando comportamentos, trocando, mais do que impondo. Um nómada cultural que transforma a "flânerie" numa técnica de geração de criatividade e conhecimento.
"E se a cultura do século XXI fosse inventada a partir daqueles trabalhos que se lançam a si mesmos o desafio de apagar as suas origens e falar de multiplicidades de enraizamentos sucessivos ou simultâneos? Este processo de rasura", diz Bourriaud, "é parte da condição do errante, uma figura central da nossa precária era e que aparece insistentemente no coração da criação artística contemporânea." Uma figura, diz ele ainda, acompanhada por um modo ético predominante: a tradução.>>
Será que vale a pena definir já uma identidade para o que somos no agora? Será ao menos pertinente? Se os Beirut (lembro-me de ver a foto deles na edição em papel, na página deste artigo) são Altermodernos, será que o Há-Que-Dizê-Lo também o é?
A Sónia Balacó encontra-se em Londres, onde irá investigar melhor o assunto e tentar, inclusivé, tomar o chá das cinco na Starbucks com Nicolas Bourriaud. Patricia Couveiro irá em missão especial à capital Inglesa onde visitará a trienal da Tate, entre uma ida ao Museu de Cera e uma sessão fotográfica com os guardas do Buckingham Palace.
quinta-feira, abril 02, 2009
quarta-feira, abril 01, 2009
Basta!
Temos que mudar a imagem do cabeçalho deste blog. Basta de viver de glórias passadas. Venha o próximo espectáculo. Venham as aves!
domingo, março 29, 2009
segunda-feira, março 23, 2009
sexta-feira, março 20, 2009
quinta-feira, março 12, 2009
A partir de dia 20, será mais ou menos assim:
Façam as vossas reservas antes que esgote!
962352058/917054550
Preço do bilhete: 6 euros
Subscrever:
Mensagens (Atom)