quarta-feira, julho 29, 2009
terça-feira, julho 28, 2009
terça-feira, julho 21, 2009
Há Que Dizê-Lo na Speaky.tv
vejam aqui o vídeo ou acessem em www.speaky.tv e conheçam todo o universo do verdadeiro 5º canal.
terça-feira, julho 14, 2009
A troca de galhardetes*
segunda-feira, julho 13, 2009
OS JOVENS RUSSOS ...
ÁSTROV - Eu gosto da vida, de uma maneira geral, só não gosto desta vida provinciana, russa, desta rotina pequeno-burguesa, detesto-a com toda a minha alma. No que diz respeito à minha vida pessoal, não é nada boa, juro. Sabe, quando andamos no meio da floresta numa noite escura e vemos ao longe uma luzinha nem nos damos conta do cansaço, nem da escuridão, nem dos ramos espinhosos que nos batem na cara... No nosso distrito, eu trabalho como ninguém (a menina sabe), o destino não pára de me assestar golpe em cima de golpe, às vezes sofro insuportavelmente, mas não tenho a tal luzinha ao longe. Já não espero nada para mim, não gosto das pessoas... Há muito que não gosto de ninguém. (...)
Os mujiques são todos iguais, subdesenvolvidos, vivem na porcaria; quanto aos intelectuais, é difícil conviver com eles. São cansativos. Toda essa gente com quem privamos tem ideias mesquinhas, sentimentos mesquinhos e não vê para além da ponta do seu nariz. É pura e simplesmente uma gente estúpida. E depois os outros, quando são mais inteligentes e substanciais, são logo uns histéricos, estão corroídos pela análise, pela introspecção... Olham para uma pessoa de lado, aproximam-se dela de través, lamuriam-se, têm ódios, são doentios a caluniar, e concluem: "Oh, é um psicopata!", ou: "É um fraseador!" Mas quando não arranjam uma etiqueta para colarem à minha testa, dizem: "É um homem estranho, um esquisito!" Gosto da floresta - é esquisito; não como carne - isso também é estranho. Já não existe uma atitude espontânea, pura, para com a natureza e as pessoas... Não há! (Faz tenção de beber.)*
*excerto de Tio Vânia, de Anton Tchékhov, tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra
o Há-Que-Dizê-Lo na História e nas estórias do Teatro
LOPÁKHIN - Lá isso é verdade. Há que dizê-lo de caras, nós levamos uma vida estúpida.*
* excerto de O Cerejal ou O Ginjal ou O Pomar das Cerejeiras ou A Ginginha de Anton Tchékhov, tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra
quinta-feira, julho 09, 2009
segunda-feira, junho 29, 2009
quarta-feira, junho 24, 2009
domingo, junho 21, 2009
quinta-feira, junho 18, 2009
sexta-feira, junho 12, 2009
No principio era o verbo... VENDER
Foi assim que começámos a juntar dinheiro para os nossos espectáculos e afins, já lá vão 4 anos. De geleira na mão, primeiro, e depois junto ao Santiago Alquimista, por dois anos.
E agora em Alfama, very tipical Alfama!
Hoje a cerveja máis fezquinha e a noiva mái bonita do Santo António estão como Há-Que-Dizê-Lo, na Rua de São João da Praça (a que começa à direita da Sé, nós estamos mais lá para o fundo).

quarta-feira, maio 13, 2009
quinta-feira, abril 30, 2009
A arte na vida. A vida na arte. O trabalho da vida. A vida dá trabalho. O trabalho de fazer Arte. A Arte do trabalho.
Amesterdão
Wieden Kenedy
Kessels Kramer
Londres
BBH
AMVBBDO
Mother
Tentar fazer música com os copos
Comecei a arrumar as coisas na sala
Parto
Mostrar a toda a gente o herdeiro da Escócia
Hotel Aladin - 86 euros
Apanhei o nº32 até ao Hospital Santa Maria
Fui ao local onde enterrei o corpo
Rádios Kitados amanhã às 17h
Depois da acta: ir ao Registo Nacional de Pessoas Colectivas
Santos Populares: copos, barril...
Músicas para a Angela:
Avril Lavigne - Girl Friend
WWE - Kane, Undertaker...
Bruno Nogueira - Dia 23 de Junho - 7 bilhetes
Crepes: 2 ovos; 1 litro de leite; 500 g de farinha; 1 pitada de sal. mexer na batedeira
Ensaios para animações: 4 -quarta; 5; 6; 7 -sábado às 17h
Respostas:
sim;
não;
talvez;
claro;
achas?
tens a certeza?
não
Sim
Claro
Achas?
Armazéns desde 51, 50 euros por mês, a partir de 4,5 metros quadrados. junto à porta sul do Parque das Nações.
sexta-feira, abril 24, 2009
Para ver como quem olha Lisboa do outro lado.

Espectáculo do 2aCircular
Encenação de Tiago Vieira
23, 24 e 25 de Abril
às 21h30
no Ginjal (Cacilhas)
resto de "paisagens incompletas"
O actor acende a boca. Depois os cabelos.
Finge as suas caras nas poças interiores.
O actor pôe e tira a cabeça
de búfalo.
De veado.
De rinoceronte.
Põe flores nos cornos.
Ninguém ama tão desalmadamente
como o actor.
O actor acende os pés e as mãos.
Fala devagar.
Parece que se difunde aos bocados.
Bocado estrela.
Bocado janela para fora.
Outro bocado gruta para dentro.
O actor toma as coisas para deitar fogo
ao pequeno talento humano.
O actor estala como sal queimado.
O que rutila, o que arde destacadamente
na noite, é o actor, com
uma voz pura monotonamente batida
pela solidão universal.
O espantoso actor que tira e coloca
e retira
o adjectivo da coisa, a subtileza
da forma,
e precipita a verdade.
De um lado extrai a maçã com sua
divagação de maçã.
Fabrica peixes mergulhados na própria
labareda de peixes.
Porque o actor está como a maçã.
O actor é um peixe.
Sorri assim o actor contra a face de Deus.
Ornamenta Deus com simplicidades silvestres.
O actor que subtrai Deus de Deus,
e dá velocidade aos lugares aéreos.
Porque o actor é uma astronave que atravessa
a distância de Deus.
Embrulha. Desvela.
O actor diz uma palavra inaudível.
Reduz a humidade e o calor da terra
à confusão dessa palavra.
Recita o livro. Amplifica o livro.
O actor acende o livro.
Levita pelos campos como a dura água do dia.
O actor é tremendo.
Ninguém ama tão rebarbativamente como o actor.
Como a unidade do actor.
O actor é um advérbio que ramificou
de um substantivo.
E o substantivo retorna e gira,
e o actor é um adjectivo.
É um nome que provém ultimamente
do Nome.
Nome que se murmura em si, e agita,
e enlouquece.
O actor é o grande Nome cheio de holofotes.
O nome que cega.
Que sangra.
Que é o sangue.
Assim o actor levanta o corpo,
enche o corpo com melodia.
Corpo que treme de melodia.
Ninguém ama tão corporalmente como o actor.
Como o corpo do actor.
Porque o talento é transformação.
O actor transforma a própria acção
da transformação.
Solidifica-se. Gaseifica-se. Complica-se.
O actor cresce no seu acto.
Faz crescer o acto.
O actor actifica-se.
É enorme o actor com sua ossada de base,
com suas tantas janelas,
as ruas -
o actor com a emotiva publicidade.
Ninguém ama tão publicamente como o actor.
Como o secreto actor.
Em estado de graça. Em compacto
estado de pureza.
O actor ama em acção de estrela.
Acção de mímica.
O actor é um tenebroso recolhimento
de onde brota a pantomina.
O actor vê aparecer a manhã sobre a cama.
Vê a cobra entre as pernas.
O actor vê fulminantemente
como é puro.
Ninguém ama o teatro essencial como o actor.
Como a essência do amor do actor.
O teatro geral.
O actor em estado geral de graça.
helberto hélder
Finge as suas caras nas poças interiores.
O actor pôe e tira a cabeça
de búfalo.
De veado.
De rinoceronte.
Põe flores nos cornos.
Ninguém ama tão desalmadamente
como o actor.
O actor acende os pés e as mãos.
Fala devagar.
Parece que se difunde aos bocados.
Bocado estrela.
Bocado janela para fora.
Outro bocado gruta para dentro.
O actor toma as coisas para deitar fogo
ao pequeno talento humano.
O actor estala como sal queimado.
O que rutila, o que arde destacadamente
na noite, é o actor, com
uma voz pura monotonamente batida
pela solidão universal.
O espantoso actor que tira e coloca
e retira
o adjectivo da coisa, a subtileza
da forma,
e precipita a verdade.
De um lado extrai a maçã com sua
divagação de maçã.
Fabrica peixes mergulhados na própria
labareda de peixes.
Porque o actor está como a maçã.
O actor é um peixe.
Sorri assim o actor contra a face de Deus.
Ornamenta Deus com simplicidades silvestres.
O actor que subtrai Deus de Deus,
e dá velocidade aos lugares aéreos.
Porque o actor é uma astronave que atravessa
a distância de Deus.
Embrulha. Desvela.
O actor diz uma palavra inaudível.
Reduz a humidade e o calor da terra
à confusão dessa palavra.
Recita o livro. Amplifica o livro.
O actor acende o livro.
Levita pelos campos como a dura água do dia.
O actor é tremendo.
Ninguém ama tão rebarbativamente como o actor.
Como a unidade do actor.
O actor é um advérbio que ramificou
de um substantivo.
E o substantivo retorna e gira,
e o actor é um adjectivo.
É um nome que provém ultimamente
do Nome.
Nome que se murmura em si, e agita,
e enlouquece.
O actor é o grande Nome cheio de holofotes.
O nome que cega.
Que sangra.
Que é o sangue.
Assim o actor levanta o corpo,
enche o corpo com melodia.
Corpo que treme de melodia.
Ninguém ama tão corporalmente como o actor.
Como o corpo do actor.
Porque o talento é transformação.
O actor transforma a própria acção
da transformação.
Solidifica-se. Gaseifica-se. Complica-se.
O actor cresce no seu acto.
Faz crescer o acto.
O actor actifica-se.
É enorme o actor com sua ossada de base,
com suas tantas janelas,
as ruas -
o actor com a emotiva publicidade.
Ninguém ama tão publicamente como o actor.
Como o secreto actor.
Em estado de graça. Em compacto
estado de pureza.
O actor ama em acção de estrela.
Acção de mímica.
O actor é um tenebroso recolhimento
de onde brota a pantomina.
O actor vê aparecer a manhã sobre a cama.
Vê a cobra entre as pernas.
O actor vê fulminantemente
como é puro.
Ninguém ama o teatro essencial como o actor.
Como a essência do amor do actor.
O teatro geral.
O actor em estado geral de graça.
helberto hélder
sexta-feira, abril 17, 2009
PARA QUEM ESTIVER NO PORTO. OU VAI IMEDIATAMENTE APANHAR O COMBOIO. OU O EXPRESSO. OU O AVIÃO. OU O CARRO. OU VAI À BOLEIA. OU A PÉ. A PÉ NÃO DÁ.
terça-feira, abril 07, 2009
ALTERMODERNIDADE
E porque a Sónia há uns tempos tentou tranformar este blog numa plataforma de discussão (aberta ou semi-aberta, nunca pensámos nisso) sobre a arte em geral e sobre tudo o que nos interessar em particular, e porque essa nobre tentativa não vingou, eu volto hoje a lançá-la. E começo com um artigo do Ipsilon de há umas duas ou três semanas (confesso que li na sala de espera do dentista):
O pós-modernismo morreu, viva a altermodernidade
(Clicar para ler o artigo)
"Na trienal da Tate, em Londres, um francês abriu nova etapa na discussão sobre a identidade da cultura e dos artistas de hoje. Modernos ou pós-modernos, quem somos? Nem uns nem outros, antes seres de uma nova era em que se age e cria a partir de uma visão positiva de caos e complexidade. A altermodernidade, segundo Nicolas Bourriaud."
<< O "flâneur", aquele que percorre a cidade, deixando-se perder na sua observação. Isto era no século XIX, hoje as cidades não chegam - o "flâneur" de uma altermodernidade corresponderá a um nómada global, ou, em rigor, a um errante cultural, aquele que procura o inverso do enraizamento absoluto, ou seja, aquele que põe as suas raízes em movimento, encenando-as em contextos e formatos heterogéneos, negando-lhes qualquer valor como origem, traduzindo ideias, transcodificando imagens, transplantando comportamentos, trocando, mais do que impondo. Um nómada cultural que transforma a "flânerie" numa técnica de geração de criatividade e conhecimento.
"E se a cultura do século XXI fosse inventada a partir daqueles trabalhos que se lançam a si mesmos o desafio de apagar as suas origens e falar de multiplicidades de enraizamentos sucessivos ou simultâneos? Este processo de rasura", diz Bourriaud, "é parte da condição do errante, uma figura central da nossa precária era e que aparece insistentemente no coração da criação artística contemporânea." Uma figura, diz ele ainda, acompanhada por um modo ético predominante: a tradução.>>
Será que vale a pena definir já uma identidade para o que somos no agora? Será ao menos pertinente? Se os Beirut (lembro-me de ver a foto deles na edição em papel, na página deste artigo) são Altermodernos, será que o Há-Que-Dizê-Lo também o é?
A Sónia Balacó encontra-se em Londres, onde irá investigar melhor o assunto e tentar, inclusivé, tomar o chá das cinco na Starbucks com Nicolas Bourriaud. Patricia Couveiro irá em missão especial à capital Inglesa onde visitará a trienal da Tate, entre uma ida ao Museu de Cera e uma sessão fotográfica com os guardas do Buckingham Palace.
quinta-feira, abril 02, 2009
quarta-feira, abril 01, 2009
Basta!
Temos que mudar a imagem do cabeçalho deste blog. Basta de viver de glórias passadas. Venha o próximo espectáculo. Venham as aves!
Subscrever:
Mensagens (Atom)