Muita gente nos pergunta, e mesmo nós nos perguntamos muitas vezes, afinal, o que é o há-que-dizê-lo? Qual é a nossa
estética? Existe algum tipo de linguagem predominante? tipo de humor?
Bom, nós não sabemos muito bem. Desconfiamos de algumas coisas, e estamos sempre a descobrirmo-nos enquanto criadores.
Mas cá entre nós, parece-me que este vídeo possa esclarecer um pouco esta questão.
A verdade, é que qualquer um dos membros do há.que.dizê.lo, compreende, MAS É QUE COMPREENDE TANTO, este apresentador.
Depois deste sucedido, ele foi despedido e, consequentemente, o programa foi suspenso. Se um de nós estivesse na pele deste pobre homem, teria se passado tudo da mesma maneira. Pior! Se, por acaso, este programa fosse, por acaso, apresentado, por exemplo, por 2 pessoas, ou mesmo 3 ou 4, mais do que despedidos seríamos, concerteza, linchados à porta do estúdio.
Agora imaginem se, em vez de apresentadores, estivéssemos sentados na plateia. Sei lá, se lá estivessem sentados, por exemplo, o Tiago e a Lydie?
É mais ou menos por aqui.
quarta-feira, julho 25, 2007
terça-feira, junho 05, 2007
sexta-feira, maio 04, 2007
Pensamento que surgiu numa conversa entre mim e o Tiago, enquanto sentados na paragem do 55, por volta da meia noite
Mais vale sair do que fazer gases.
terça-feira, abril 24, 2007
Elogio de amor
"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas. Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra.O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente.O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
Miguel Esteves Cardoso in Expresso
segunda-feira, abril 16, 2007
sexta-feira, novembro 24, 2006
Top+/-
E é homenageando o Tiago que começo o Top+/-, a nova rubrica do Há-que-dizê-lo.
Há tanta coisa grave neste vídeo que nem sei por onde começar... Observai.
terça-feira, novembro 14, 2006
segunda-feira, outubro 30, 2006
Para Rodolfo, Lydie, Catarina, Sonia, Tiago
Por mais cansada que esteja, por mais ensaios inúteis que tivémos, por mais discussões que aconteceram... tudo perde importância no momento em que a música começa e lá vai ter de ser...com toda a garra e entrega.
Pah, é sempre um orgulho estar em palco com vocês e é com vocês que quero continuar a sentir o que sinto quando as luzes se acendem: uma enorme felicidade.
Um mil folhas e uma taça de morangos com natas de energia positiva para vocês.
Patricia
Pah, é sempre um orgulho estar em palco com vocês e é com vocês que quero continuar a sentir o que sinto quando as luzes se acendem: uma enorme felicidade.
Um mil folhas e uma taça de morangos com natas de energia positiva para vocês.
Patricia
sexta-feira, julho 21, 2006
quinta-feira, julho 20, 2006
O Gabinete Antropomórfico

A primeira vez que vi esta imagem, deu-me a volta à barriga. As cores , as formas e a composição tiveram em mim o mesmo efeito que os primeiros momentos do Irreversível (Gaspard Noé, 2003). Porquê? Não sei. Mas foi como se ao mesmo tempo sentisse uma repulsa tremenda pela imagem e não conseguisse tirar de lá os olhos.
É maravilhoso observar que a obra de Dalí tem tanto de luminoso e plástico como de visceral.
terça-feira, maio 23, 2006
suportes para emblema
Artigo Quinto
(Insígnias)
(Insígnias)
A Associação usará o emblema com a denominação Há-que-dizê-lo que inscreverá nos equipamentos, bandeiras, galhardetes e estandartes, bem como quaisquer outros símbolos que venham a ser usados.
Aceitam-se sugestões de suportes para colocar o dito emblema. Suportes esses que deverão ser inscritos nos estatutos a serem elaborados.
sábado, abril 29, 2006
Vaquita bonitita
A resposta é clara: não bastam boas ideias, é preciso bons meios também. O tal do Photoshop e coisas do género...
Muuuuu!
Muuuuu!
sexta-feira, abril 28, 2006
1 em 6.6 em 1

6 corpos que quiseram decorar o corpo de uma vaca. 6 identidades que quiseram mostrar o seu sentido de observação.
6 seres que questionam porque é que esta vaca não foi aceite, no meio de tantos galos de Barcelos, eléctricos 28, azulejos, calçadas portuguesas, até, quiçá vacas de pataniscas de bacalhau.
...
Pessoas sem visão.
quarta-feira, abril 19, 2006
terça-feira, abril 18, 2006
segunda-feira, abril 17, 2006
Olá caros amigos:
Desculpem as horas, sei que ainda é um pouco cedo. Mas, embora não pareça, há pessoas que às 11h50 da manhã
estão, efectivamente a trabalhar,e não estão em casa a ver a crónica policial da Fátima Lopes, enquanto esperam que
chegue o técnico da EDP para ir contar a luz e gás. Ainda não descobriram os benefícios da Conta Certa.
Enfim, tomei a liberdade de ser a primeira a estrear este blog tão catita, porque há uma coisa que me tem invadido o
espírito e que tenho de partilhar. Não preciso de gastar muitas palavras, basta isto:
Meus amigos pensem no Herman José ( actualmente, com o seu cabelo louro com crista e os seus óculos modernos).
Estão a visualizar o senhor? Ok.
Agora, pensem no Chicken Little... pronto era só isso.
Desculpem as horas, sei que ainda é um pouco cedo. Mas, embora não pareça, há pessoas que às 11h50 da manhã
estão, efectivamente a trabalhar,e não estão em casa a ver a crónica policial da Fátima Lopes, enquanto esperam que
chegue o técnico da EDP para ir contar a luz e gás. Ainda não descobriram os benefícios da Conta Certa.
Enfim, tomei a liberdade de ser a primeira a estrear este blog tão catita, porque há uma coisa que me tem invadido o
espírito e que tenho de partilhar. Não preciso de gastar muitas palavras, basta isto:
Meus amigos pensem no Herman José ( actualmente, com o seu cabelo louro com crista e os seus óculos modernos).
Estão a visualizar o senhor? Ok.
Agora, pensem no Chicken Little... pronto era só isso.
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